8 de abr. de 2022

GENESIS - "O Fim de Uma Era" - 2022

 
Ao longo de alguns dias, tenho assistido uns poucos vídeos do último show de uma das bandas mais emblemáticas do Rock Progressivo dos anos setenta, o Genesis, em sua derradeira turnê, intitulada, “The Last Domino Tour?” e encerrada no dia 26/03/2022.

A rigor, um belíssimo espetáculo, com uma cenotécnica fantástica, músicos convidados de primeira categoria, uma arena lotada, trazendo o que restou da formação original do Genesis, com Mike Rutherford elegante como sempre, Tony Banks mandando ver de forma discretíssima e melancolicamente a figura de Phill Collins, destruída pela sequência de doenças que ele teve e mais uma série de cirurgias que se submeteu, que o colocaram sentado em uma cadeira giratóriapara poder cantar suas músicas.

Que pese a idade de todos, provavelmente na casa dos setenta anos, o que hoje em dia não significa um sinônimo de velhice, ver justamente o último show da banda tendo um de seus membros em precárias condições de saúde, é muito triste e melancólico, mas o show foi ótimo, faltando apenas uma canja de Peter Gabriel que estava na plateia prestigiando seus antigos companheiros de banda para fechar com chave de ouro uma trajetória marcante e expressiva para o mundo do rock.




Como não há ainda nenhum material disponível desse show para poder compartilhar, tomo a liberdade de repostar um álbum muito emblemático para mim, uma vez que eu estava assistindo “In loco”, nas duas noites de espetáculo, no Ginásio do  Maracanãzinho, Rio de Janeiro em maio de 1977.

Trata-se da “Genesis Brasil Tour” que passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, uma realização do Projeto Aquarius, patrocinado pelas Organizações Globo.

O áudio foi extraído de uma emissão das rádios, Mundial AM e da saudosa ELDO POP FM, que era uma pauleira diária do melhor rock internacional e nacional que se tinha a época.

Nesta época, o Genesis não contava mais com participação de Peter Gabriel, mas ainda tinha uma pegada progressiva muito forte pois já haviam lançado dois álbuns muito bons, sendo o primeiro, “A Trick Of The Tail” e logo na sequência, “Wind and Wuthering”.

O ponto forte destas duas noites de apresentação, como não poderia deixar de ser, ficou a cargo da música “Super’s Ready”, executada de forma intocável, faltando apenas o vocal característico de Peter Gabriel, mas que no final das contas, acabou despercebido, pois o que se ouviu e se viu, foi bom demais, com um Phill Collins muitíssimo simpático, até tentando falar algumas palavras em português.

O show já começa muito bem a partir da introdução do show pois é tocada “Firebird Suite” de Igor Stravinsky, muito utilizada nos shows do Yes, sendo prenuncio do que ainda estava por vir, com uma voz anunciando o início do espetáculo.




Esse show trouxe algumas novidades em termos de pirotecnia, como um canhão lazer que ora pipocava no teto do Ginásio e em outros momentos abria-se em um cone de luz verde sobre Phill Collins e para nós, Brazucas, tudo era uma novidade extrema, não só pela aparição da banda em terras tupiniquins, mas por toda a bagagem tecnológica de ponta que havia disponível nos anos setenta, encantando a todos nós.

E é justamente essa imagem fantástica é que quero ter como a despedida dos palcos de uma das bandas mais importantes da história da música e do rock progressivo em todos os tempos.

Genesis Brasil Tour

Steve Hachett
Mike Rutherford
Tony Banks
Phill Collins
Chester Topson

Set-List

01. Intro
02. Squonk
03. One for the vine
04. Robbery, assault & battery
05. Inside and out
06. Firth of fifth
07. In that quiet earth
08. Afterglow
09. I know what i like
10. Supper's Ready
11. Dance on a Volcano
12. Los Endos
13. The lamb lies down on Broadway
14. The musical box (Excerpt)


LINK

“The Last Domino Tour?”

“The Last Domino Tour?”

Genesis Brasil Tour

12 de mar. de 2022

RIVERSIDE - "Out of Myself" - 2004


Quando pegamos um copo de um liquidificador e botamos dentro o Marillion, Porcupine Tree, Pink Floyd, Dream Theater e mais uma penca de bandas boas, o sumo extraído, chama-se RIVERSIDE.

A Polonia nos brinda com mais uma banda de rock neoprogressivo, simplesmente sensacional, com membros de excepcional personalidade e virtuosismo, que aparentemente tinha ficado para trás, lá nos anos 70/80/90, ou seja, uma gratíssima surpresa.

No primeiro trabalho, o RIVERSIDE já dá a cara a tapa e mostra do que é capaz com o álbum, “Out Of Myself” de dezembro de 2003, lançado de forma independente, sendo relançado por uma gravadora americana em 2004.

Escutando este álbum, a impressão que dá é que tem mais de uma banda tocando ao mesmo tempo, pois a pegada metal da bateria e da guitarra em contraponto com o baixo e os teclados, digamos, progressivos, se fundem numa explosão de criatividade difícil de se encontrar nas bandas dos anos dois mil em diante.

Cada qual faz sua parte de forma cirúrgica, seja nos momentos mais tempestuosos ou nos mais tênues e gentis e desta mistura de magia e criatividade seja qual for a música, a diversão está garantida.

Partindo desse princípio, independente do estilo musical quando este fenômeno acontece, no meu entendimento a principal característica que define se um trabalho é bom ou não fica atendido positivamente, pois o entretenimento está mais que garantido

Muitas vezes, o menos, é mais e no caso do RIVERSIDE, eles fizeram este álbum na medida certa, sem muita pirotecnia ou rodeios, mas na raça, com agressividade e ternura dosadas com muita sabedoria, em músicas absolutamente alucinógenas e viajantes.

O destaque vai para a música título do álbum, “Out Of Myself” que vem com uma pegada muito forte, enredo e arranjos altamente sofisticados e complexos, num crescendo com um clímax fulminante, mas sem exageros e talvez o único pecado desta música, é que ela tem pouca duração, pois merecia muito mais.

A formação do RIVERSIDE para este álbum contou com a participação de Mariusz Duda nos vocais, baixo e guitarra acústica; Piotr Grudziński nas guitarras; Jacek Melnicki nos teclados; Piotr Kozieradzki, bateria e percussão e adicionalmente para a música “OK”, Krzysztof Melnicki no trombone, formando um grupo de feras.

Dá gosto escutar este álbum do começo ao fim sem dar aquela vontade de trocar de faixa, pois uma remete a próxima e assim por diante até quando nos damos conta que o álbum terminou e o tempo passou despercebido.

RIVERSIDE

Mariusz Duda – vocals, bass, acoustic guitar
Piotr Grudziński – lead and rhythm guitars
Jacek Melnicki – keyboards
Piotr Kozieradzki – drums, percussion
With Krzysztof Melnicki: Trombone on "OK"

Setlist:
01 - The Same River 12:01
02 - Out Of Myself 03:44
03 - I Believe 04:15
04 - Reality Dream 06:15 (instrumental)
05 - Loose Heart 04:51
06 - Reality Dream II 04:45 (instrumental)
07 - In Two Minds 04:39
08 - The Curtain Falls 07:59
09 - OK 04:47


20 de fev. de 2022

LIKE WENDY - "The Lost Songs 1996 - 2000" - 2020


O Like Wendy, foi formado a partir de uma brincadeira em um bar na Holanda, já depois de algumas doses de álcool, mas que a princípio nem deu muito certo e, depois seguiu um rumo imprevisível com peças absolutamente sensacionais.

Já tinha postado um álbum, “Tales From Monolith Bay”, logo no início das atividades do blog em dezembro de 2010, mas depois eu deixei de lado e não postei mais nada a respeito.

Entretanto essa semana dando uma fuçada no baú, vi que tinha onze álbuns da banda e, alguns ainda nem escutado, portanto parti para cima, e logo peguei dei de cara com o álbum, “The Lost Songs 1996 – 2000” e para minha surpresa, um álbum que é um refugo de músicas não lançadas e alguns "outtakes" dos álbuns anteriores, é supreendentemente maravilhoso.

O nível de sofisticação das músicas me deixou um tanto confuso, pois são músicas que jamais poderiam estar de fora de qualquer álbum lançado, um verdadeiro desperdício de criatividade relegado a uma coletânea tipo “b-sides”.

Levando em conta que praticamente tudo é feito por “Bert Heinen”, o fundador da banda, que depois de algum tempo, pelo menos uns sete anos, chama para dentro da banda, um baterista e tecladista chamado "Marien", para reforçar os arranjos.

Em geral, o resultado é supreendentemente muito bom, levando se em conta um trabalho solitário, mas com uma riqueza musical acima de qualquer coisa, um banho de criatividade e talento que as vezes alguns músicos são abençoados por esse dom divino.


Realmente tem algumas músicas que fogem da normalidade, pois são muito ricas em termos de arranjos e letras, dentre as quais, posso citar “My Fortress”, “Creation” e “Safe” que aparecem nesta mesma sequência, sem desmerecer as demais de forma alguma, pois são grandes peças.

Impressiona a qualidade musical, pois são músicas totalmente preenchidas de emoção, criatividade e sofisticação em seus arranjos, praticamente executadas por uma única pessoa, que sem muita dificuldade, passeia por cenários onde grandes estrelas já passaram, como o Genesis, Camel, Yes e pasmem, até o Pink Floyd, passando também por Pendragon e IQ, sem perder a sua identidade e definindo muito bem o seu DNA.

Obviamente com uma roupagem pós anos setenta, mas com muita consistência e personalidade e, muito talento, pois o homem é uma fera, principalmente nas guitarras e teclados, com um vocal muitíssimo apurado e afinado, ou seja, garante seu trabalho no braço e na boca sem maiores dificuldades.

O álbum como um todo, é uma diversão e entretenimento garantido, com direito a bis para algumas músicas, pois realmente merecem uma atenção mais profunda.

Like Wendy
Bert Heinen
Marien

Set-list
1-1 Running Scared 7:34
1-2 Sequencer And Guitar 1:00
1-3 End Of Daylight 5:58
1-4 Miracle 2:06
1-5 The Empress 6:38
1-6 My Fortress 6:13
1-7 Creation 12:00
2-1 Safe 5:14
2-2 Fog On The Way 5:58
2-3 Still Believe 2:13
2-4 21th Century 6:21
2-5 After The Storm 7:14
2-6 On These Bare Fields 10:30
2-7 Before My Time 3:42


Como não há vídeo disponível das músicas acima, segue a versão original  da música "The Storm Inside" do álbum de mesmo nome.

12 de fev. de 2022

PINK FLOYD - "The Heart Of The Moon" - 1972


Neste bootleg, “The Heart Of The Moon”, temos um PINK FLOYD, recém-saído da fase psicodélica, mergulhando no mais intenso rock progressivo que a Europa estava oferendo a todos, no início dos anos 70.

De começo de conversa, o que viria a ser o álbum The Dark The Side Of The Moon, aparece de forma ainda embrionária, mas já mostrava ao que vinha e o que viria a ser em um futuro muito próximo, tornando-se um álbum mais que fundamental para qualquer pessoa que goste de música e, principalmente os amantes do rock progressivo. 


Estamos em outro século e o álbum continua atual, atraindo jovens, encantado diversas gerações que não se cansam de escutá-lo, com a mesma vibração a época de suas primeiras audições.

A concepção de “TDSOTM” é simplesmente hipnótica, não dá para fugir de seus encantos, como se fosse os “cantos das sereias”, ou seja, não tem como escapar ao seu poder de atração e fidelidade.

Apesar de todos os conflitos internos que a banda passou desde a era Sid Barrett até a saída de Roger Waters, sempre houve uma sinergia muito grande entre os músicos, principalmente quando os egos de cada um estavam de lado e o objetivo principal estava no foco de todos, o resultado já sabemos bem qual era.



Sem dúvidas, o Pink Floyd é um ponto fora da curva da normalidade musical, tanto que até hoje, David Gilmour de forma individual ou junto a banda, assim como Roger Waters, arrastam multidões em seus shows performáticos, atraindo gente de tudo quanto é tipo e idade.

O fato de estarem com suas idades avançadas, algo em torno dos setenta anos, não influi absolutamente em nada em relação as suas carreiras, pois mesmo com todo esse tempo, suas performances continuam perfeitas, talvez mais serenas, mas sempre perfeitas e para quem fica diante deles, só Deus sabe!


Voltando ao bootleg, além da integra parcial de “TDSOTM” (faltou The Great Gig In Sky), outras perolas foram inseridas para completar o show gravado em 28 de abril de 1972, no Auditorium Theater em Chigago, Illinois, USA, como “One Of The Days”, “Echoes", "Carefull With That Axe, Eugene” e “Set The Controls For The Heart Of The Sun”, fechando o set list.

PINK FLOYD
David Gimour;
Nick Mason;
Roger Waters;
Rick Wrigth

SET LIST
CD1
01. Speak To Me
02. Breathe
03. The Traveler's Sequence
04. Time
05. Breathe (reprise)
06. The Mortality Sequence
07. Money
08. Us & Them
09. Dave's Scat Section
10. Brain Damage
11. Eclipse

CD2
01. One of these Days
02. Careful what Axe, Eugene
03. Echoes
04. Set The Controls for the Heart of the Sun

LINK


8 de fev. de 2022

YES - “From a Page – Studio Tracks Plus” - “In the presente Live From Lyon” - 2021


A música “To The Moment”, do álbum “From a Page” tem um título muito sugestivo, pois por um momento de raro brilhantismo, o YES parece que ressurge das cinzas e nos brinda com uma única música que nos remete a uma era um tanto esquecida.

A música conseguiu reunir os ingredientes necessários para voltar a encantar o ouvinte e faz parte de uma série de gravações que aconteceram entre os anos de 2009 e 2010, tendo aos teclados Oliver Wakeman, Steve Howe, Chris Squire, Alan White e pasmem Benoit David.

O grupo estava reunido para as gravações de “Fly From Here” que acabou sendo lançado apenas em 2011, sem a presença de Oliver Wakeman que havia sido expulso da banda e substituído por Geoff Downes.

Como nos últimos tempos o YES, virou uma espécie de “Casa da Mãe Joana”, onde tudo é possível de acontecer, o álbum “In the presente Live From Lyon” gravado em 2009, foi relançado com o título de “From a Page – Studio Tracks Plus” - “In the presente Live From Lyon”, agora em 2021.

Confusões a parte e resumindo esse imbróglio todo, são quatro músicas que não foram aproveitadas em “Fly From Here” a época de sue lançamento e agora foram inseridas junto ao álbum ao vivo.

O destaque vai para “To the Moment” que tem seu enredo muito bem alinhavado por Oliver Wakeman, com Benoit David ainda afinadíssimo e como não poderia deixar de ser, os demais membros da banda fazendo o melhor como sempre.

O arranjo musical é altamente sofisticado, com variações altamente explosivas e contagiantes, mesmo em nos momentos mais tênues, entretanto a letra não é lá essas coisas, mas a música é sensacional, e para mim, já vale todo o álbum.

Oliver Wakeman, não nega as suas origens e muito menos o seu DNA e teve participação muito intensa na criação desta e das demais músicas do álbum de estúdio.

Com seu pai, aprendeu muito bem a lição de como ser um músico virtuoso, portanto criar variadas atmosferas musicais e ainda surfar em seus sintetizadores grandes ondas, tudo ao mesmo tempo, sem falhas ou deslizes, é atitude de um músico de respeito.

Apenas para encerrar, o conjunto da obra desse álbum, é bem palatável, e não pode faltar na coleção dos amantes da música do YES.

YES:
Oliver Wakeman, 
Steve Howe, 
Chris Squire, 
Alan White,
Benoit David.

Tracklist:
From a Page – Studio Tracks Plus
01. To The Moment (6:13)
02. Words On A Page (6:21)
03. From The Turn Of A Card (3:27)
04. The Gift Of Love (9:57)
In the presente Live From Lyon
05. Siberian Khatru (Live From Lyon) (10:40)
06. I've Seen All Good People (Live From Lyon) (7:17)
07. Tempus Fugit (Live From Lyon) (6:06)
08. Onward (Live From Lyon) (4:38)
09. Astral Traveller (Live From Lyon) (8:49)
10. Yours Is No Disgrace (Live From Lyon) (13:23)
11. And You And I (Live From Lyon) (11:28)
12. Corkscrew (Live From Lyon) (3:42)
13. Second Initial (Live From Lyon) (3:19)
14. Owner of a Lonely Heart (Live From Lyon) (6:06)
15. South Side of the Sky (Live From Lyon) (10:44)
16. Machine Messiah (Live From Lyon) (11:42)
17. Heart of the Sunrise (Live From Lyon) (11:43)
18. Roundabout (Live From Lyon) (9:35)
19. Starship Trooper (Live From Lyon) (13:08)

29 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO VII - "O Luar, a Pessoa e o Lugar" 




Chegando ao sétimo e derradeiro capítulo da saga da Banda VELUDO com a música “O Luar, a Pessoa e o Lugar”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra (In-Memorian), parte integrante do álbum “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016, fechamos um ciclo muito interessante de uma banda que ainda tem muito a para ser explorada. 

Essa suíte, assim como outras desse mesmo álbum, flerta com vários temas do cotidiano de nossas vidas e, mesmo com sua longevidade, pois afinal de contas começou a ser composta em 1972, nem isso foi capaz torná-la “out of date”, ou seja, é mais uma gema que o VELUDO nos presenteia. 

Os arranjos sinfônicos se mesclam em um determinado momento com um quase um baião eletrônico muito divertido, que mostra a versatilidade do grupo ao dar a vida a uma música sofisticada, mas muito agradável de escutar pelo seu lirismo e poesia, que estão muito bem dosados em relação a cada momento da letra da música. 


Aproveitando este último capítulo, acredito que tudo o que foi contado pelo próprio VELUDO e  em boa parte das vezes pelo próprio Nelsinho Laranjeiras, é apenas um fragmento de tudo o que passaram e fizeram e, isso me deixou com um gostinho de “quero mais”, tem muita história boa há ser revelada. 

Portanto com uma riqueza tão grande de histórias e fatos ainda não revelados, um livro ia cair como uma pluma no colo de seus fãs, obviamente acompanhado de um CD com músicas inéditas que certamente existem e estão guardadas em alguma abençoada fita cassete ou algo que o valha, bem como novas músicas para nosso deleite. Fica a dica para a banda!!! 

No mais, temos que torcer para esta maldita Pandemia ir embora, levando-se em conta que tem concerto do VELUDO no dia 24 de novembro de 2020 no Teatro RIVAL-Refit, no Rio de Janeiro, pois eu já garanti o meu lugar, portanto corra e garanta o seu também! 

Compre seu ingresso agora clicando aqui https://bileto.sympla.com.br/event/65120



Ficha técnica da música: 

Direção musical, arranjo, baixo, guitarra e vocal: Nelsinho Laranjeiras; 
Voz solo: Miguel Pedra; 
Vocal e arranjos vocais: Flavia Cavaca; 
Teclados, órgão e arranjos de cordas: Antonio Giffoni; 
Guitarra e violão: Diogo de Castro; 
Bateria: Serginho Conforti 

Histórico da Composição: 

Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra se tornaram parceiros no mesmo dia em que se conheceram. Miguel tinha acabado de chegar do Rio Grande do Sul. Viera pela estrada pegando carona na boleia de caminhões (1972). 

Trazia um velho violão, uma mochila e um caderno surrado com várias letras. O encontro casual com Nelsinho foi num parque. Começaram a conversar e as Ideias, gosto musical e objetivo foram se encaixando. 

Ali mesmo, Miguel cantou algumas das suas músicas. Nelsinho ficou surpreendido com o timbre e a facilidade que ele tinha para criar melodias bonitas com poucos acordes, e o convidou para ir até a sua casa. 

Lá chegando, abriram o velho caderno e se concentraram em uma letra gigantesca. Seria um desafio começar por ali. Mas Nelsinho estava disposto a encará-lo. Iria mostrar ao seu novo amigo, sua competência e talento como compositor. Miguel contou que fizera aquela letra durante a viagem. 

Nelsinho com um violão (que faltavam duas cordas) começou a elaborar a melodia e a harmonia do que seria a suíte: “O Luar, a Pessoa e o Lugar” Quatro anos depois, ao assumir a liderança do Veludo, Nelsinho traria esse grande cantor e parceiro para ser o vocalista principal da banda. 

Porém, ao entrar para o grupo, Miguel teve que aprender o repertório que já estava pronto, e essa música, acabou ficando para mais tarde. Quando finalmente conseguiram começar os ensaios para introduzi-la no novo repertório, o Veludo acabou (78). A dupla jamais se esqueceu desta obra. 

Trinta anos se passaram e nunca mais se falaram. Miguel tinha desaparecido, até que um dia a internet os aproximou novamente. Rememorando velhas composições, lembraram da suíte “O Luar, a Pessoa e o Lugar”, uma obra que julgavam relevante em suas vidas. Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. 

Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade. Ele chegou e trazia algumas novidades. Viveu entre os índios, subiu o Alto Xingu em uma viagem de 3 dias de barco e embrenhou-se pelos igarapés do rio Negro em uma aventura mística e selvagem. 

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro. 

BANDA VELUDO




LINKS DA BANDA

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22 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

CAPÍTULO VI - "Buraco Profundo" 


Buraco Profundo é a música tema do sexto capítulo da saga da Banda VELUDO e nos faz mergulhar nas profundezas do rock progressivo da melhor forma possível, com um instrumental de botar inveja a qualquer outra banda do gênero, dada a sua principal característica que é a variância temática, mesmo em uma peça de tempo tão curto como esta.

Essa belíssima música tem como autor, o Nelsinho Laranjeiras que no início dos anos 70 a desenvolveu e a pôs em prática um bom tempo depois quando já fazia parte da Banda VELUDO e, com essa música, dá para entender um pouco do processo de criação das músicas da banda, que em boa parte foram sendo construídas com o passar do tempo e de certa forma atualizadas sem perder a sua essência. 

A música é como o vinho, pois depende do tempo e da experimentação para se aperfeiçoar e chegar ao ponto certo da degustação/audição, portanto, aparentemente em minha visão, esse processo de criação e finalização das músicas teve como resultado, arranjos muito bem estruturados e consistentes pelo longo tempo de maturação que tiveram. 

A execução desta música teve a participação de Nelsinho Laranjeiras, Antonio Giffoni, Diogo de Castro, Daniel de Castro e Foguete Barreto no ano de 2016, quando do lançamento do álbum “Penetrando Por Todo Caminho sem Fraquejar”



 

Histórico da Composição:

Início dos anos 70, bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro. Dois adolescentes perambulam pelas ruas, cada um com seu violão. Cada banco de praça, portaria de prédio ou casa de amigos, é palco para uma apresentação.

Nelsinho Laranjeiras e Ari Mendes impressionavam pelo entrosamento musical, versatilidade e originalidade. E foi neste contexto que muitas músicas foram criadas, algumas cantadas, outras instrumentais. 

“Buraco Profundo” foi à primeira música idealizada por Nelsinho para ser executada por uma banda de rock. Para isso, precisava de um baterista, de um lugar decente para ensaiar, além de instrumentos e amplificadores. 

Se tinha a música, faltava-lhe todo o resto. “Buraco Profundo” só ganhou os palcos seis anos depois de composta, como parte do repertório do Veludo. 

Com o fim do grupo em 1978, nunca mais foi executada ao vivo. Com a volta da banda aos palcos em 2017, voltou a ser parte do repertório e incluída no CD “Penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016.

BANDA VELUDO



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15 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO V - "Novos Olhos" 


Nesse quinto capítulo, adentramos um pouco mais na trajetória da Banda VELUDO, com a música “Novos Olhos”, de autoria de Nelsinho Laranjeiras e Miguel Pedra que de certo modo ficou  meio que em suspensão por quarenta anos, sendo resgatada e salva por uma preciosa fita cassete guardada por algum anjo, o que possibilitou esta gravação e de outras músicas ser inseridas no álbum, “Penetrando Por Todo o Caminho sem Fraquejar” de 2016.

Essa música foi muito tocada entre 1976 até 1978 com o final da banda e nunca tinha sido gravada, até que em 2013 iniciou-se um grande trabalho de pesquisa em ouvir as gravações feitas entre os ensaios e os shows, para que se pudesse extrair o melhor dessa e de outras músicas do momento Progressivo que a música aqui e no mundo passava.  

Apesar da minha idade, as músicas do VELUDO, são uma novidade em minha vida, pois mesmo tendo vivido plenamente a efervescência do rock progressivo dos anos setenta, um desvio do destino me colocou fora dessa linda e rica história e dessas músicas maravilhosas que já são parte da minha discoteca de cabeceira.

A música “Novos Olhos”, carrega todo o drama e teatralidade em sua letra, como em música, inserindo-a diretamente nos trilhos do rock progressivo clássico e mesmo sendo gravada tanto tempo depois, conseguiram fazer essa gravação sem macular sua sonoridade original, ou seja, mais uma pérola que a Banda VELUDO nos brinda.




Histórico da composição:

“Quando Nelsinho Laranjeiras assumiu a liderança do Veludo no final de 1975, sabia do enorme trabalho que teria para reestruturar a banda. Afinal, metade dela tinha se debandado para novos voos.

Paul de Castro (guitarra) foi para Os Mutantes. Elias (tecladista) casou-se, tornou-se comerciante de joias, e optou por uma carreira solo. Porém, antes mesmo do surgimento do Veludo, em 1974, Nelsinho já fazia parte de outro grupo. E foi com eles, seus velhos companheiros, que Nelsinho remontou o Veludo.

A primeira providência foi trazer Flavia Cavaca do “Paulo Bagunça e a Tropa Maldita” Seria uma força nos vocais, além dela ser multi instrumentista. O objetivo posterior era encontrar o mítico Miguel Pedra, super cantor, componente da outra banda de Nelsinho desde 72, que desaparecera sem deixar vestígio.

Encarnando uma espécie de Sherlock Holmes, Nelsinho Laranjeiras foi seguindo pistas até encontrar alguém que lhe desse o endereço do antigo parceiro e vocalista que voltara ao Rio Grande do Sul. Carta escrita e enviada. Convocação feita e aceita.

Pouco tempo depois desembarcava no Rio o novo vocalista do Veludo. Banda refeita, ora de recolocá-la nos trilhos. “Novos Olhos” foi a primeira música a ser trabalhada. Visava exprimir a mudança que todos estavam passando. “A vida que tínhamos antes, fechou-se atrás das cortinas” escreveu Miguel de forma simples, direta e, por que não dizer, poética.

Quando decidiram fazer o CD “penetrando por todo caminho sem fraquejar” lançado em 2016, essa era uma das músicas escolhidas. Por sorte, a canção fora gravada numa velha fita cassete durante um ensaio em 1976, o que possibilitou regravá-la fielmente mantendo, portanto, a sua estrutura original intacta.

Miguel Pedra aparece após 40 anos. Era um dia como outro qualquer. Liguei o computador para checar os e-mails e um deles me chamou a atenção. Dizia: Você conhece Miguel Pedra? Levei um susto. Claro que conhecia.

Miguel me contou em longos e-mails muitas histórias e então, surgiu o assunto que nos aproximou novamente. A música. Lembramo-nos das nossas composições e nos deu certa tristeza por não ter conseguido gravá-las na época.

Mas neste momento, algo aconteceu. A velha determinação de cumprir o seu papel nesta vida estava de volta. O compromisso com o destino, e o sentimento de algo inacabado que precisava chegar ao fim, nos levou a ação.

Nelsinho lhe fez uma nova proposta: reviver o Veludo, já que havia um projeto para gravação de um CD com base no material inédito da banda. Miguel aceitou o desafio. Veio do Amazonas para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer esse sonho se tornar realidade.

Miguel Pedra morreu 8 meses após terminar as gravações. Não viu o trabalho pronto. Não nesta vida. Quanto a Nelsinho, continuou com a produção do disco de forma obstinada para cumprir o último desejo do seu velho amigo e parceiro.

Se hoje concluímos esse projeto foi porque muita gente colaborou, mas que me desculpem todos. Ninguém fez mais do que ele. Obrigado Miguel. Você conseguiu.

BANDA VELUDO



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8 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

 CAPÍTULO IV - "Tema das Aves" 



Chegando ao quarto capítulo de dessa incrível história, da não menos incrível Banda VELUDO, nós nos deparamos mais uma vez com uma música de matriz temática complexa, criada e maturada ao longo de uns 25 anos por Nelsinho Laranjeiras, Paul de Castro e Antonio Giffoni, intitulada, “Tema da das Aves”

Com arranjos sinfônicos muito bem alinhavados para suportar a variação de temas que foram incorporados até chegar ao que agora ouvimos, esta música nos remete a um sentimento de liberdade, um vôo livre no nosso imaginário e, como gosto de comentar, proporcionaram mais uma viagem sem sair do lugar, com direito a janelinha e tudo mais. 

Esta versão que é a trilha sonora deste vídeo, foi extraída da legendária apresentação da Banda VELUDO quando da comemoração dos 50 anos de existência do Teatro Ipanema em 28 de novembro de 2018. 


Nesta ocasião, estava composta pelos seguintes músicos, Nelsinho Laranjeiras (Direção Musical e baixo); Antonio Giffoni (guitarra); Sérgio Conforti (bateria); Ronaldo Scampa (flauta, gaita e voz) e Silvio Romero (guitarra e violão), e como convidados especiais, Silvio Mazzei (vocal solo) Fernando Vinhas (teclados)

História da composição 

“Anos 90. Nelsinho Laranjeiras tinha acabado de produzir o histórico CD “Veludo ao Vivo”. Esse trabalho contou com o apoio do pesquisador e colecionador Zaher Zein. Após sua conclusão, nova proposta foi feita. 

O Sr. Zaher sugeriu que Nelsinho gravasse tudo que a memória ainda guardava e, quem sabe, fazer um novo trabalho a partir disso. Nelsinho pôs-se a trabalhar no novo projeto. 

Como imaginou arranjos com profusa utilização de teclados, emulando orquestras, além de órgão e Mini Moog, encontrou em Antonio Giffoni o músico certo. 

“Tema das Aves” reúne várias passagens musicais criadas ao longo dos anos, ou seja, de antes, durante e após o fim do Veludo. Nelsinho compôs e organizou as várias partes, mas inseriu uma composição de Paul de Castro que faz parte da música “A Chama da Vida”, presente no CD “Veludo ao Vivo”. 

Porém, tudo isso era apenas uma “demo” dos anos 90, e o projeto ficou esquecido por 25 anos. Em 2015 ao rever antigos arquivos musicais no seu computador, Nelsinho se deparou com esse trabalho. 

Mostrou para Giffoni, que se impressionou com o que ouviu. Decidiram que essa música tinha que entrar no CD que estava sendo finalizado. E assim foi feito. 

E por que “Tema das Aves”? Nelsinho lembra que esse era o nome dado ao tema principal que norteia a música do começo ao fim, e que foi inspirado no livro que conta a história de Fernão Capelo Gaivota. Um voo para a liberdade explorando limites.” 

BANDA VELUDO




LINKS DA BANDA

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Instagran: @bandaveludo (Aqui é possível adquirir o CD!)

Facebook: Banda Veludo

Contato para Shows: nelsonlarajeiras@hotmail.com  

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Rua Conde de Bonfim, 615 - loja 109 - Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Whatsapp: 21- 99776-6973 - Claudio Fonzi

1 de set. de 2020

VELUDO - A história de uma Banda - 2020

CAPÍTULO III - "Veludeando" 


Chegando ao terceiro capítulo da saga VELUDO, eis que temos a música “Veludeando”, outra pérola, com seus treze minutos de duração, nos transportando em uma viagem lisérgica que parece que não tem fim, com poucos momentos de sossego e na maior parte, bem visceral pela complexidade de seu tema.

Eu sou suspeito para falar dessa música que foi inegavelmente, um amor à primeira vista e, mesmo que eu a tenha conhecido há pouco tempo (o que é imperdoável), a impressão que tenho, é que é uma velha conhecida, pois se incorporou em minhas memórias e lembranças musicais como se eu a escutasse desde a época de sua criação. 

Esse fenômeno é por que, essa é uma daquelas músicas que são criadas de forma tão genial e generosa, que por si só, de um lado provoca esse tipo de reação e, por outro, revela o melhor de seus músicos, uma vez que esse tipo de música não aceita desaforo algum, ou seja, ou a enfrenta com coragem e sabedoria ou sai fora que é fria, vai ser engolido por ela. 

Veludeando foi criada por Nelsinho Laranjeiras, Paul de Castro e Elias Mizrahi ainda nos anos setenta e entre 1974/1975, serviu para abrir os shows das época e ultimamente é usada para o “bis” ao final das apresentações (por mim poderia ser executada na abertura e no bis). 


O vídeo em questão feito em 2018, é totalmente revelador quanto a este aspecto que abordei, considerando a performance dos músicos, dos quais não posso deixar de assinalar a atuação do Nelsinho Laranjeiras com seu baixo, sendo lançado a níveis estratosféricos, onde normalmente é usado como um quadjuvante na música, mas em suas mãos, o transforma em protagonista, muitíssimo afiado, como uma Katana de um samurai, coisa que poucos no mundo do rock conseguiram fazer com esse instrumento.

Continuando essa pequena dissecção musical, o Antonio Giffone, que é considerado por muitos, um mago nos teclados e realmente o é, desta vez mostrou que é também, um mago das guitarras, pelo show que deu, mas o que me impressionou de fato, por ser um instrumento de certa raridade em comparação a outros em bandas de rock, foi a excepcional flauta transversa de Ronaldo Scampa.

E sem medo de ser feliz, o coloco lado a lado de músicos como, Thjs Van Leer, Ian Anderson e Attila Kollar, pela similaridade de timbres e pela forma como toca, com precisão cirúrgica, se comunicando sem o uso da palavra, conseguindo passar mensagens muito claras do enredo da peça e como se não bastasse, assovia como ninguém, basta conferir no vídeo. 

Via de regra, todos sem exceção, são exímios instrumentistas com capacidade técnica e sentimentos para interpretar e entender as necessidades que em especial esta música cobra, portanto, vamos elencar a trupe que deu vida mais uma vez a esta peça, começando por Sérgio Conforti (bateria); Silvio Romero (guitarra e violão); Nelsinho Laranjeiras (Direção Musical e baixo); Antonio Giffoni (guitarra) e Ronaldo Scampa (flauta, gaita e voz) e como convidados especiais, Silvio Mazzei (vocal solo) e Fernando Vinhas (teclados).

História da composição:

"O Veludo, ainda em formação, acabava de estrear e dois componentes já estavam de saída. O saxofonista Pestana e o baixista Pedro Jaguaribe. Fui convocado para entrar para a banda como sendo a solução para o novo som que iria surgir. 

Foi com essa responsabilidade que apareci no primeiro ensaio. Longe de uma timidez, cheguei para mudar arranjos, inverter levadas e, semanas depois, inserir pequenas melodias e composições em temas que eles acreditavam que já estivessem definidos. 

Para esse processo tive o apoio incondicional do tecladista Elias Mizrahi. Afinal, foi com ele que formei, dois anos antes da estreia do Veludo, um dos grupos mais incríveis que já tinha participado. A “Antena Coletiva”. 

Lá, eu e Elias, tivemos momentos de incrível entrosamento e cumplicidade musical. Escolhida para ser a música de abertura dos shows do Veludo no período 1974 / 1975. Veludeando me traz boas recordações. 

Quando entrei para o grupo, Veludeando ainda era um esboço do que viria a ser, isso me deu oportunidade de “meter o bedelho”. Abrasileirei as partes indefinidas e, no segundo ensaio, já tinha composto algumas melodias e alguns trechos para serem inseridos. 

Meus novos companheiros devem ter me achado muito atrevido. Mal entrava no ônibus e já queria sentar na janela. Essa característica sempre me acompanhou e muitas vezes me atrapalhou quando me tornei músico profissional. 

Minha sorte no Veludo foi ter convivido com músicos geniais como Paul de Castro, Gustavo Schroeter e Elias Mizrahi. Com a volta do Veludo em 2017, Veludeando voltou a ser apresentada 42 anos depois. A partir daí, entrou definitivamente para o nosso repertório sendo a música do bis." 
Nelsinho Laranjeiras.




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Tidal: https://tidal.com/browse/artist/5416022

Spotfy: https://open.spotify.com/artist/4OYkC0MLwDNh5JvUCCezvY

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