11 de set. de 2012

V. A. - "An All-Star Tribute To Supertramp - Songs Of The Century" - 2012

Tem um bootleg do Supertramp, chamando, “Live in Toronto”, postado aqui no blog em abril do ano passado, ou seja, há quase um ano e meio, que é altamente visitado até hoje e o qual já foi solicitado a renovação do link para download, umas duas vezes e isso têm chamado muito a minha atenção, pois ele figura como um dos álbuns mais acessados pelos internautas desde que o blog foi ativado em fevereiro de 2010, o que para mim tem sido uma gratíssima surpresa. 

Fui surpreendido por um álbum Tributo, intitulado, “An All-Star Tribute To Supertramp - Song Of The Century”, com as músicas sendo executadas por um elenco “estelar” de músicos, como, Annie Haslan, Rick Wakeman, Steve Morse, Joe Lynn Turner, Rod Argent, John Wetton, Peter Banks, Chris Squire, Tony Kaye, Billy Sherwood, Tony Levin e outras feras do rock, que se juntaram para homenagear uma das bandas mais queridas do rock. 

Em geral, apesar de gostar de álbuns tributo, eu sempre tenho certo receio, pois muitas vezes o tributo que era para ser uma homenagem, acaba sendo uma punição, deixando muita gente na “saia justa”, seja o homenageado e/ou os seus produtores, pois já vi muita porcaria, do tipo “caça-níqueis”, ser lançada no mercado muitas vezes sem a anuência do homenageado que é surpreendido por um abacaxi podre. 

Não é o caso deste álbum, muito pelo contrário, uma vez que a categoria dos músicos acima citados é um indício de ser um material muito bom, não só pela presença deles, mas principalmente pela origem e o berço, que inegavelmente o Supertramp tem, portanto, a grande surpresa fica por conta da união destes músicos com uma música que foi muito bem foi explorada no passado e agora ganha uma nova roupagem. 

Obviamente houve uma generalizada renovação musical, provocada naturalmente pela criatividade dos músicos envolvidos neste projeto, que com certeza, participaram com muito gosto, pois é muito difícil alguém não se encantar com o carisma da banda e com a simplicidade das músicas, que em duas décadas, inicialmente flertou de leve com o progressivo e com o Pop dos anos oitenta, com um importante legado deixado, portanto, a homenagem que receberam é muito merecida. 

Quanto às músicas escolhidas, todas são clássicas da discografia da banda sem grandes surpresas, mas curiosamente, há uma exceção, pois a última faixa, chamada de “Let The World Revolve”, é produzida por Billy Sherwood, que por sinal é o produtor deste álbum e participa também de algumas canções, mas o porquê, de colocar uma música estranha à discografia do Supertramp, eu ainda não consegui entender. 

Apenas para finalizar, o álbum é muito agradável, como não poderia deixar de ser, se levando em conta as músicas escolhidas, pelos novos arranjos feitos, que permitem uma releitura desses sucessos e pelo fato da homenagem ter sido feita por músicos altamente conceituados, o que para o Supertramp, só o qualifica mais ainda no meio musical e solidifica a sua posição como uma grande banda de rock.

PS:

Com o álbum escutado algumas vezes, as impressões vão mudando (para melhor), pois a miscigenação de artistas que atuaram em cada música possibilitou uma oportunidade impar ao projeto, deixando fluir novos arranjos, troca de experiências e principalmente abrindo as portas para a liberdade de criação sem vícios trazidos das bandas de origem ou trabalhos isolados, dando uma nova e rica identidade às músicas do álbum.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Musicians:
John Wetton,
Tony Levin,
Rick Wakeman,
Robby Krieger,
Colin Moulding,
Steve Morse,
Chris Squire,
Steve Porcaro,
Roye Albrighton,
Annie Haslam,
Richard Page,
Peter Banks,
David Sancious,
Gary Green,
John Wesley,
Geoff Downes,
Joe Lynn Turner,
Jordan Rudess,
Rod Argent,
Tony Kaye,
Mickey Thomas and more.....


Tracks:
01. Breakfast In America - John Wetton (Asia) & Larry Fast (Peter Gabriel)
02. Take The Long Way Home - John Wesley (Porcupine Tree)
03. The Logical Song - Mickey Thomas (Starship), Steve Morse (Deep Purple) & Tony Kaye (Yes)
04. Give A Little Bit - Richard Page (Mr. Mister) & Peter Banks (Yes)
05. It's Raining Again - Colin Moulding (XTC) & Geoff Downes (Yes/Asia)
06. Crime Of The Century - Billy Sherwood (Yes), Rick Wakeman (Yes) & Tony Levin (King Crimson)
07. Dreamer - Annie Haslam (Renaissance) & David Sancious (Bruce Springsteen s E Street Band)
08. Goodbye Stranger - Billy Sherwood (Yes), Gary Green (Gentle Giant) & Jordan Rudess (Dream Theater)
09. Rudy - Roye Albrighton (Nektar) & Steve Porcaro (Toto)
10. Bloody Well Right - Joe Lynn Turner (Rainbow) & Dave Kerzner
11. School - Rod Argent (The Zombies) & Robby Krieger (The Doors)
12. Let The World Revolve - Chris Squire (Yes) & Tony Kaye (Yes)



"Rudy"

"Crime of the Century"

"Bloody Well Right"

2 comentários:

  1. O Supertramp sempre me chamou a atenção pelo seguinte aspecto, nunca encontrei alguém que falasse mal da banda – todos a quem pergunto do Supertramp, sempre afirmam que gostam do seu som e acrescentam algum outro adjetivo em relação ao trabalho da banda. O número de acessos em seu blog confirma minha tese!
    O Supertramp não tem formação clássica, não tem guitar hero, , não tem nenhum mago dos teclados, tão pouco um vocalista front man, não tem nenhum álbum clássico.
    Poderíamos até definir a banda como uma dupla “Davis and Hodgson”
    Façamos o seguinte exercício.... vamos imaginar uma formação onde colocássemos John Evans e Patrick Moraz no mesmo palco com o “brincalhão” Jack Bruce, Bill Bruford, Alan Parsons nas guitarras e vocais e mais um exímio saxofonista, com certeza não teríamos o mesmo som e qualidade que tem a música do Supertramp...Quem duvidar do que falo, escute o cd Union do Yes.
    E por fim, aprendemos a gostar do Supertramp em uma época em que era extremamente difícil gostar de uma banda com essas características....Por razões obvias.
    Na verdade, já descemos a lenha no Pink floyd, Yes, Genesis....Mas nunca falamos mal do Supertramp....Eu acho que até o “chato de galocha” Jack Bruce, nunca falou mal do Supertramp!!!!!!
    Então qual é a mágica, segredo ou mística que envolve essa banda????
    Honestamente.....Nem eu mesmo sei dizer por que gosto do Supertramp....Se alguns dos Mestres seguidores do Blog do Mano Véio tiverem a resposta...por favor!!!!!!!!! Tentem desvendar ou dissecar esse mistério...
    Fique a vontade Mano Véio para falar, e parabéns pelo post ....
    P.S. Eu tenho exatamente a mesma impressão sobre obras tributos...você foi na veia..
    P.S 2..... Joe Lyn Turner???????? Mano Veio esse post é um dos mais ricos e inteligentes que você já publicou......Se me permite acho que devo fazer um segundo comentário...( Fiquei muito tempo ausente!!!!)
    ABRAÇO....FORÇA....SUCESSO!
    Carlos “The Ancient”

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    Respostas
    1. Carlão, você sintetizou muito bem o que é o Supertramp e o conceito que fãs ou não da banda tem a respeito do trabalho......

      Como eles conseguem agradar tanto??? Eu também não consigo entender......

      A única certeza que tenho é que esse tributo feito por astros do rock é muito merecido e que me lembre, este é um dos álbuns tributo mais recheados de músicos de primeiro nível.... .....

      Meu amigo, valeu por mais uma vez estar enriquecendo o conteúdo das resenhas...... Obrigado mesmo!!!!

      Abraços,

      Gustavo

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