29 de mai. de 2015

YES - "Progeny: Seven Shows from Seventy-Two" - 2015

“Invasão de privacidade”, este deveria ser o nome deste CDbox do Yes, intitulado, “Progeny: Seven Shows from Seventy-Two”, composto por quatorze CD’s, espelhando o que de melhor o Yes soube fazer ao longo dos anos setenta, “MÚSICA”, com letras maiúsculas, para que não paire nenhuma dúvida.

Aliás, uma MÚSICA, simplesmente irresistível, invasora de corações e mentes, viajante, um estímulo cultural sem precedentes, que no meu caso, me persegue há mais de quarenta anos e a história se repete a cada álbum ou bootleg escutado, pois ela está sempre renovada com um novo caminho a ser percorrido.

Espantosamente desta vez a acéfala indústria fonográfica saiu na frente e lançou esta magnífica coleção de shows acontecidos no ano de 1972, entre outubro e novembro, distribuídos pelos USA e o Canada, cobrindo a “Close to The Edge Tour”, apenas lembrando que neste mesmo ano já havia sido lançado o álbum “Fragile” outra super pérola da banda.

O negócio é tão sério em relação ao Yes, que sabiamente, na abertura de seus shows eles usavam um trecho da “Firebird Suite” resultando em uma expectativa devastadora sobre o que viria a seguir e posso assegurar por ter vivido esta experiência que a viagem começava ao apagar das luzes e o início desta abertura, simplesmente inigualável. 

Fazendo um “Brain-Storm” bem sucinto, vamos voltar ao ano de 1969, quando foi lançado o primeiro álbum, “YES” onde não tínhamos ideia completa de qual seria o caminho que esta nova banda iria seguir, mas só pelo fato de incluírem uma música dos “Beatles”, chamada, “Every Little Thing", com uma excelente versão psicodélica, já mostrava algo diferenciado em sua própria música e uma dose elevada de audácia para quem estava começando.

No ano seguinte, eles começavam a ligar as turbinas em direção ao rock progressivo com seu álbum, “Time and Word”, ainda de forma muito tímida, mas demonstrando uma forte personalidade, que veio a eclodir verdadeiramente no ano seguinte com o “Yes Album”, um clássico do rock com lugar de destaque garantido na história do rock.


Agora, lançar dois álbuns com a indiscutível qualidade musical, como “Fragile” e “Close to the Edge”, aclamados pela crítica e principalmente pelos fãs no período de um ano, não é para qualquer, é coisa de gênio e neste momento, inegavelmente a banda dispunha dos melhores músicos e compositores da época.

É certo que falar em melhor banda ou melhor músico daquela época, chega a ser um sacrilégio ou mesmo uma tentativa de suicídio, pois se colocarmos lado a lado, Yes, Genesis, ELP, PFM, Camel, Triumvirat, Jethro Tull, Pink Floyd, Eloy, Kansas e mais um sem número de bandas, vamos todos sair na porrada e não vamos chegar a lugar algum, mesmo porque até mesmo em certos casos a comparação se tornaria impossível, portanto, humildemente peço a licença a todos para considerar que para esta resenha o Yes fosse a melhor banda naquele momento.

Vale lembrar que, logo depois em 1973, não satisfeitos com o que já tinham feito, ainda iriam lançar o que para mim define um dos paradigmas do rock progressivo, “Tales From Topographic Oceans”, obra mais do que prima do rock.

Sei que muitos vão lembrar que este álbum foi o estopim para o primeiro pedido de demissão de Rick Wakeman da banda e bla bla bla, entretanto, há alguns anos atrás o próprio reconheceu seu inestimável valor, pois não poderia ser diferente.

Mesmo depois de sua saída, o álbum “Relayer”, de 1974 com o “bolha d’água” do Patrick Moraz, que sem dúvidas é um excelente tecladista, talvez um dos melhores do mundo, mas infelizmente como nem tudo é perfeito, além de muito pedante, ele é um “chato de galochas”, mas justiça seja feita, saiu-se muito bem neste álbum, tanto nos estúdios, bem como em suas apresentações públicas, transformando-o em um dos maiores feitos do Yes.

Resumindo este imbróglio todo, o Yes é a síntese de parte de uma época, onde o pior músico era excelente, a música era arrebatadora e cativante, com uma inteligência incomum, capaz de proporcionar viagens sem sair do lugar, coisa de louco mesmo, sem explicação lógica. 

Voltando ao álbum, “Progeny: Seven Shows from Seventy-Two”, ele registra as apresentações em sete ocasiões diferentes, entretanto, seu repertório é praticamente o mesmo em todos os shows, o que não tira o mérito deste CDbox, que está com o áudio mais do que perfeito, o que para os fãs da banda fica como mais um documento histórico, portanto amigos, sejam bem rápidos, pois este link deve durar muito pouco tempo. Boa audição a todos!!!

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Yes:
Jon Anderson / vocals
Steve Howe / guitar
Chris Squire / bass
Rick Wakeman / keyboards
Alan White / drums

Track Listing for every show/double disc:
Opening (Excerpt From Firebird Suite)
Siberian Khatru
I've Seen All Good People
  a. Your Move
  b. All Good People
Heart Of The Sunrise
Clap/Mood For A Day
And You And I
  i. Cord Of Life
  ii. Eclipse
  iii. The Preacher The Teacher
  iv. Apocalypse
Close To The Edge
  i. The Solid Time Of Change
  ii. Total Mass Retain
  iii. I Get Up I Get Down
  iv. Seasons Of Man
Excerpts From "The Six Wives Of Henry VIII"
Roundabout
Yours Is No Disgrace

LINK

21 de mai. de 2015

ELOY - "Minden" - 1973

Se eu não estiver muito enganado, esse será o vigésimo quarto álbum do Eloy que posto aqui no blog e prestando bem atenção, verifiquei que postei mais álbuns da banda alemã do que para o ELP, Jethro Tull ou até mesmo o Kansas, que são bandas mais populares e difundidas do que o Eloy, mas existem algumas particularidades que o diferenciam das demais citadas.

Uma das particularidades é a existência de Frank Bornemann, um mago do rock, um visionário muito além de seu tempo, ótimo compositor, excelente guitarrista, um bom cantor e uma das figuras mais queridas e admiradas em seu meio que soube cativar uma legião de fãs espalhadas pelos cinco continentes em pouco mais quatro décadas de dedicação à música.

Outra atratividade da banda, é a quantidade de músicos que já passaram pelo grupo, algo em torno de uns 15 músicos que entraram e saíram, alguns até retornaram e pelo incrível que possa parecer, o som da banda manteve uma invejável uniformidade musical.

Esse fenômeno foi possível graças a boa administração de Frank Bornemann, que só esteve fora de um único álbum, a trilha sonora do filme “Codename Wildgeese”, de 1984, estrelado por alguns nomes bem conhecidos como Lee Van Cleef, Ernest Borgnine, Klaus Kinki e outros, já postado aqui em dezembro de 2010.

Como se fosse um camaleão, a música do Eloy foi se adaptando ao longo do tempo e ao invés de mudar de cor conforme a necessidade ele mudou sua música conforme os movimentos musicais iam surgindo, sem perder sua real vocação, o rock progressivo, passando pelas fases Hard Rock, Progressiva, Sinfônica e até mesmo uma fase metal, bastando dar uma escutada no álbum “Metromania” de 1984 que é recheado de pegadas bem fortes de guitarra e bateria.

Uma triste característica desta banda é justamente a falta de material alternativo à sua discografia oficial, portanto quando aparece al diferente, é uma obrigação dividir com todos este bootleg, intitulado, “Minden”, gravado no “Zur Grille” em abril de 1973, na cidade alemã de Minden.

Parte desta gravação foi feita a partir de músicas extraídas do álbum, “Inside”, deste mesmo ano, bem como duas músicas que a princípio não se encaixam em álbum de estúdio algum, “The Church” e “Flying High” e mais duas que não possuem qualquer identificação, portanto temos algo de inédito neste bootleg, o que é muito bom, para uma banda tão “mosca branca” como esta.

Nesta época o som da banda estava muito próximo ao Hard Rock, entretanto já com nítidas influências do rock progressivo que começavam a incendiar a genial mente de Frank Bornemann, que daí por diante iria revelar sua veia progressiva nos álbuns seguintes.

Do álbum “Inside” temos as músicas, “Inside”; “Future City”, “Castle In The Air” e “Land Of No Body” e para dar vida a estas músicas, além do próprio Frank Bornemann, a formação do Eloy foi completada por Manfred Wieczorke nos teclados, Wolfgan Stocker no baixo e Fritz Randow na bateria completam o elenco de músicos.

Apenas para situar a discografia da banda, a partir de 1971 até 2014, foram lançados dezessete álbuns de estúdio, três álbuns “live”, duas compilações com suas melhores músicas e uma trilha sonora de filme, completam este rico acervo musical. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Eloy:
Frank Bornemann - guitar, vocals
Manfred Wieczorke- organ
Wolfgang Stocker - bass
Fritz Randow - drums


Tracks:
01 Inside
02 Future City
03 Castle In The Air
04 The Church
05 Flying High
06 Land Of No Body
07 Unknown
08 Drum Solo
09 Unknown


13 de mai. de 2015

THE BEATLES - "Bootleg Recordings" - 1963


BEATLES!!!! Cada vez mais vivos e presentes em nossas vidas, atravessando as décadas sempre com muita dignidade, carisma e ainda cooptando gerações e mais gerações de fãs, independente de tribos da qual pertençam.

Por que? São tantas as explicações que fica até difícil escolher uma, pois sempre há um detalhe a mais quando surge um novo pensamento a respeito deste fenômeno que ronda a vida em conjunto dos quatro fabulosos de Liverpool.

Uma das teorias que gosto muito, se baseia na ideia de que a simplicidade das composições tanto na letra como na música é tanta, que eles conseguiram abrir um portal na mente das pessoas criando uma atração, praticamente irresistível.

Tempo e espaço é muito importante nesta questão também, portanto, eles surgiram na época certa e no lugar certo e trabalharam muito e desse modo o reconhecimento e o sucesso mais que merecido, veio na cauda do cometa Beatles.

Todos sem exceção, tinham “cara de bom moço”, se vestiam de modo adequado para os padrões da época, foram muito bem recebidos pela mídia e principalmente pela legião de fãs e ainda por cima, tiveram a sorte de cair nas mãos de Brian Epstein que foi o descobridor e empresário da banda até sua morte em 1967 e de George Martin que era o mais criativo produtor musical da época, obtendo com isso a química perfeita para o sucesso.

É lógico que talento eles tinham de sobra para criar suas composições e principalmente dar vida a elas quando se apresentavam em público e isso é inegável, mas analisando friamente a questão e deixando a simpatia pessoal por um ou outro membro da banda de lado, nenhum deles era um “guitar hero” em seu instrumento de trabalho, mesmo porque a estrutura musical das composições não exigia grandes esforços e também não era esse o objetivo do grupo que nunca produziu uma música para este ou aquele fazer um solo de seu instrumento.

Entretanto, cabe ressaltar que todas elas sempre soaram muito grande, com um apelo emocional muito difícil de segurar até hoje, o que me leva a crer que o que eles produziram lá trás, na década de sessenta, estava muito além de seu tempo e ao que tudo indica, sempre vai estar, pois é música de vanguarda.

Eu já perdi a conta de quantas remasterizações foram feitas na discografia dos Beatles nestas mais de cinco décadas de existência, num claro sinal que este fenômeno está muito longe de acabar e sem medo de errar, posso afirmar que ele não terá fim.

Voltando a minha primeira teoria, acredito que esta compilação de ensaios, intitulada, “Bootleg Recordings 1963”, possa dar crédito que em determinados momentos e situações, a simplificação do ato, o torna gigante, imensurável e até incontrolável.

São audições a partir de ensaios da gravação dos álbuns, “Please, Please me” e “With the Beatles”, ambos lançados em 1963 e algumas gravações de shows da época, onde é possível ouvir a gritaria da mulherada completamente enlouquecida, bem como algumas gravações demo de John Lennon.

É um material histórico e fundamental para os amantes da música, mas principalmente para os mais aficionados da banda, que não são poucos, pois é o registro histórico do início da carreira da banda mais aclamada e bem-sucedida do mundo da música.

Diante deste fato, só nos resta agradecer a alma iluminada que se deu ao trabalho de digitalizar o conteúdo das velhas matrizes de gravação e disponibiliza-las no mundo virtual com qualidade excepcional de áudio.  Muitíssimo Obrigado!!!! 

RECOMENDADÍSSIMO!!!!

Beatles:
John Lennon,
Paul MacCartney
Ringo Star
George Harrinson

Tracks:
CD1
01 -‘There’s A Place’ – Takes 5, 6
02 -‘There’s A Place’ – Take 8
03 ‘There’s A Place’ – Take 9
04 - ‘Do You Want To Known A Secret’ – Track 2, Take 7
05 - ‘A Taste Of Honey’ – Track 2, Take 6.
06 -‘I Saw Her Standing There’ – Take 2
07 - ‘Misery’ – Take 1
08 - ‘Misery’ – Take 7
09 - ‘From Me To You’ – Take 1 & 2
10 - ‘From Me To You’ – Take 5
11 - ‘Thank You Girl’ – Take 1
12 - ‘Thank You Girl’ – Take 5
13 - ‘One After 909′ – Take 1 & 2
14 - ‘Hold Me Tight” – Take 21
15 - ‘Money (That’s What I Want)’ – RM 7 Undubbed
16 - ‘Some Other Guy’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 26th January, 1963
17 - ‘Love Me Do’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 26th January, 1963
18 - ‘Too Much Monkey Business’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 16th March, 1963
19 - ‘I Saw Her Standing There’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 16th March, 1963
20 - ‘Do You Want To Know A Secret’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 25th May, 1963
21 - ‘From Me To You’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 26th May, 1963
22 - ‘I Got To Find My Baby’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 26th January, 1963
23 - ‘Roll Over Beethoven’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 29th June, 1963
24 - ‘A Taste Of Honey’ – Live At BBC For ‘Easy Beat’ / 23rd June, 1963
25 - ‘Love Me Do’ – Live At BBC For ‘Easy Beat’ / 20th October, 1963
26 - ‘Please Please Me’ – Live At BBC For ‘Easy Beat’ / 20th October, 1963
27 - ‘She Loves You’ – Live At BBC For ‘Easy Beat’ / 20th October, 1963
28 - ‘I Want To Hold Your Hand’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 21st December, 1963
29 - ‘Till There Was You’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 21st December, 1963
30 - ‘Roll Over Beethoveen’ – Live At BBC For ‘Saturday Club’ / 21st December, 1963
CD2
01 - ‘You Really Got A Hold On Me’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 4th June, 1963
02 - ‘The Hippy Hippy Shake’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 4th June, 1963
03 - ‘Till There Was You’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ /11th June, 1963
04 - ‘A Shot Of Rhythm And Blues’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 18th June, 1963
05 - ‘A Taste Of Honey’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 18th June, 1963
06 - ‘Money (That’s What I Want)’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 18th June, 1963
07 - ‘Anna’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 25th June, 1963
08 - ‘Love Me Do’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 10th September, 1963
09 - ‘She Loves You’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 24th September, 1963
10 - ‘I’ll Get You’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 10th September, 1963
11 - ‘A Taste Of Honey’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 10th September, 1963
12 - ‘Boys’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 17th September, 1963
13 - ‘Chains’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 17th September, 1963
14 - ‘You Really Got A Hold On Me’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 17th September, 1963
15 - ‘I Saw Her Standing There’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 24th September, 1963
16 - ‘She Loves You’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 10th September, 1963
17 - ‘Twist And Shout’ – Live At BBC For ‘Pop Go The Beatles’ / 24th September, 1963
18 - ‘Do You Want To Know A Secret’ – Live At BBC For ‘Here We Go’ / 12th March, 1963
19 - ‘Please Please Me’ – Live At BBC For ‘Here We Go’ / 12th March, 1963
20 - ‘Long Tall Sally’ – Live At BBC For ‘Side By Side’ / 13th May, 1963
21 - ‘Chains’ – Live At BBC For ‘Side By Side’ / 13th May, 1963
22 - ‘Boys’ – Live At BBC For ‘Side By Side’ / 13th May, 1963
23 - ‘A Taste Of Honey’ – Live At BBC For ‘Side By Side’ / 13th May, 1963
24 - ‘Roll Over Beethoven’ – Live At BBC For ‘From Us To You’ / 26th December, 1963
25 - ‘All My Loving’ – Live At BBC For ‘From Us To You’ / 26th December, 1963
26 - ‘She Loves You’ – Live At BBC For “From Us To You” / 26th December, 1963
27 - ‘Till There Was You’ – Live At BBC For “From Us To You” / 26th December, 1963
28 - ‘Bad To Me’ – Demo
29 - ‘I’m In Love’ – (John demo key of F)
30 - ‘I’m In Love’ – (John demo key of g)

LINKS

7 de mai. de 2015

RENAISSANCE - "DeLane Lea Studios" - 1973

Existem algumas bandas de rock (e.g.: Triumvirat) que são um tanto “mosca branca” na hora de pintar com um álbum “ao vivo”, alguma gravação perdida em algum estúdio ou mesmo um bootleg e o Renaissance, pode ser incluído nesta categoria, ainda mais por tratar-se de uma apresentação feita no ano de 1973 no “DeLane Lea Studios", Londres, Inglaterra.

Esse estúdio é muito emblemático para os britânicos, pois grandes nomes da música passaram por lá, como os Beatles, Pink Floyd, Queen, Deep Purple, Eletric Light Orchestra, The Who, Jimi Hendrix Experience e mais uma penca de nomes famosos.

Inicialmente ele se prestava para a cópia e dublagem de filmes e programas de TV para a língua francesa, mas com o tempo ganhou corpo expandindo seus negócios e entrando definitivamente para o mundo da música e mais recentemente, em 2012, foi comprado pela Warner Bros, onde tem sido usado por renomados diretores de cinema, como Tim Burton, Guilherme Del Toro e outros figurões do mundo do telão.

Voltando ao álbum em questão e tendo passado pouco mais de quatro décadas de sua gravação, este álbum revela claramente o “modus operandi”, aliás, marca registrada da banda de compor e executar suas músicas, que ao contrário das demais bandas de sua geração que primavam pelo virtuosismo, digo, exibicionismo, o Renaissance, de forma simples, quase “Franciscana”, conseguia e ainda consegue provocar o mesmo efeito e sentimento que um Genesis, Yes, ELP, Pink Floyd e Cia...., com toda a teatralidade, pirotecnias e trapizombas eletro-eletrônicas disponíveis na época.

Eu sei, alguém vai dizer, e a Annie Haslan não conta??? Claro que conta!!!! Ela é com certeza um ponto fora da curva de normalidade esperada para uma vocalista de banda de rock, pois sua inimitável voz é angelical, hipnótica, é aveludada e afinada como uma espada de samurai dos tempos feudais no Japão e isso é incontestável.

Outro fato, de menor importância, mas relevante para quem se expõe é que ela era lindíssima, tinha um carisma invejável, parecia um anjo diante do público e até hoje, basta procurar no Facebook, seus traços de beleza estão perpetuados na face de uma bela senhora que ainda gosta de cantar rock.

Mas eu me refiro ao conjunto da obra, com músicas absolutamente fantásticas, calcadas apenas em enredos deliciosamente encantadores e envolventes, mais para o Folk do que para o Progressivo, contando apenas com a raça e a coragem de Michel Dunford com sua guitarra, Jon Camp no baixo, Jon Tout nos teclados (99% de piano, mas dando um show), Terence Sullivan na bateria e logicamente Annie Haslan, destruindo corações com sua voz, para dar vida a essas espetaculares composições.

Como a banda é das antigas, muita gente já conhece a obra, mas para quem ainda não teve o prazer de conhecer, não custa citar algumas músicas como, “Prologue”, “Can You Understand?”; “Let It Grow”, “Ashes Are Burning” e tantas outras presentes neste e em outros álbuns de estúdio da banda, portanto, como de costume está feito o convite a audição deste grande álbum.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Renaissance:
Michel Dunford 
Jon Camp
Jon Tout
Terence Sullivan
Annie Haslan

Tracks:
01. Can You Understand
02. Let It Grow
03. Sounds Of The Sea
04. Carpet Of The Sun
05. At The Harbour
06. Ashes Are Burning (with Andy Power and Al Stewart)
07. Prologue


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